quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Papel da contabilidade na empresa.

É comum que, ao ouvir a palavra “contabilidade”, muitos associem este termo ao departamento contábil de uma empresa ou às práticas de escrituração e elaboração das demonstrações exercidas pelos contabilistas.

Ocorre que, de maneira lastimável, esse objetivo tão bem definido pelos grandes mestres da teoria da contabilidade acaba, na prática, entrando em conflito com uma realidade onde a contabilidade torna-se um mero instrumento para atender a exigências fiscais, especialmente nas micro e pequenas empresas.

Enquanto na maioria dos países considerados desenvolvidos as informações geradas pela contabilidade nas empresas pequenas são voltadas para o empresário, no Brasil percebe-se um quadro no qual os procedimentos contábeis são realizados quase que exclusivamente para a prestação de contas com o Fisco. Muitas vezes essas informações geradas para o usuário externo em questão nem mesmo condizem com a realidade patrimonial, objetivando desonerar ilegalmente a empresa de suas obrigações tributárias (ou, em palavras mais simples e menos eufenistas: sonegar ou omitir recente).

A questão é: Como pode um empresário tomar decisões sem ter conhecimento sobre sua real situação patrimonial, financeira e econômica? A resposta, caro leitor, é muito simples: Ele não pode, pelo menos não de maneira eficiente.

Talvez a sorte ou até mesmo o perfil empreendedor e um bom feeling façam com que a empresa consiga sobreviver por algum período sem essas informações, mas a longo prazo essa escassez de conhecimentos básicos para a tomada de decisão poderá levar aquela entidade a se tornar mais um caso nas estatísticas de mortalidade de MPEs.

Existe uma metáfora sobre a importância da contabilidade como ferramenta gerencial que compara uma empresa sem contabilidade à um barco perdido no meio do oceano e sem bússola. Eu não sei quem foi o autor desta translação, até mesmo por já ter-la lido em diversos artigos e livros de autores diferentes, mas seja quem for, foi bastante feliz ao fazer essa comparação.

Afinal, o mercado é de fato um oceano (e bem tempestuoso, diga-se de passagem) e a empresa nunca saberá que direção seguir sem a “bússola” das informações contábeis.

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